Brasil quer avanços em agenda de desarmamento da ONU

Embaixador Luiz Filipe Macedo Soares diz que somente o desaparecimento de armas nucleares pode evitar a destruição da humanidade; debate está sendo em Genebra.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Representantes de vários países estão em Genebra, na Suíça, para a 3ª. parte da reunião da Comissão de Desarmamento das Nações Unidas em 2009.

Nesta terça-feira, discursaram os embaixadores da Austrália, da Grã-Bretanha e do Brasil entre outros.

Plano de Trabalho

O representante brasileiro, e especialista em assuntos nucleares, Luiz Filipe Macedo Soares, pediu aos participantes que concluam o plano de trabalho do grupo ainda este mês.

Segundo o embaixador, a agilidade é necessária para que seja possível incluir as decisões da reunião no relatório da Comissão de Desarmamento que será entregue à Assembleia Geral.

Macedo Soares afirmou que o desaparecimento das armas nucleares é a condição fundamental para se evitar a destruição da humanidade.

Estados Unidos

Numa entrevista à Rádio ONU antes do evento, ele disse que o debate anti-proliferação nuclear ganhou mais força após a decisão dos Estados Unidos de reduzir seu arsenal nuclear.

"Isso tem sido possível por uma abertura, claro de todos os países, mais muito mais dos Estados Unidos, que têm se mostrado muito mais abertos a negociações e com isso toda a máquina do desarmamento do qual o Tratado de Não-Proliferação é a pedra de toque é o centro está começando a andar de novo", afirmou.

Acesso Pacífico

Durante seu discurso, o embaixador da Grã-Bretanha, John Duncan, apresentou um plano batizado de "Estrada para 2010", explicando a visão do país para uma nova estratégia mais apropriada ao que ele chamou de era moderna nuclear.

O representante britânico afirmou que seu governo está comprometido com promover o acesso pacífico à energia nuclear.

O próximo encontro da Comissão de Desarmamento, em Genebra, ocorre nesta quinta-feira.