Conflito em Gaza foi novo crime contra humanidade (Português para o Brasil)
Afirmação foi feita por relator da ONU que também pediu investigação sobre as mortes ocorridas entre dezembro e janeiro.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O relator do Conselho de Direitos Humanos em Gaza, Richard Falk, afirmou que a tática militar aplicada por Israel durante o último conflito na região deveria ser interpretada como novo crime contra a humanidade.
A declaração foi feita, nesta segunda-feira, no Conselho de Direitos Humanos em Genebra, na Suíça.
Pedidos
Falk disse que o caso deveria ser investigado por uma comissão e lembrou que muitos pedidos já foram feitos para que isso ocorra.
De acordo com o relator, o conflito na Faixa de Gaza entre dezembro e janeiro últimos matou pelo menos 1,4 mil pessoas incluindo 13 israelenses.
Pelo relatório, 200 israelenses ficaram feridos.
O Exército de Israel disse que a operação foi uma resposta a ataques com foguetes lançados por militantes palestinos do movimento Hamas contra o sul do país.
Civis
Falk afirmou que o número de civis palestinos mortos foi seis vezes maior que o de combatentes. Para ele, isso demonstra a falha de Israel de respeitar a distinção entre civis e combatentes nas zonas de conflito.
O embaixador israelense no Brasil, Giora Becher, disse à Rádio ONU, de Brasília, que a conclusão do relator é tendenciosa.
"Posso dizer que o sr. Falk é muito conhecido em Israel pela sua posição anti-israelense. O público tem que entender que esta comissão não é objetiva. Eles dedicam a maior parte do tempo a criticar Israel", afirmou.
O relator da ONU, Richard Falk, disse que o bloqueio à entrega de ajuda humanitária aos palestinos continua ocorrendo.
Segundo ele, para acabar com a violência entre palestinos e israelenses, será preciso uma ação diplomática intensa e que ambas as partes respeitem as leis internacionais.