Ban: “extremismo violento é ameaça a todos os países e pessoas” BR

Secretário-geral fez a declaração durante sessão de trabalho na reunião do G-7, na Alemanha; ele afirmou que resposta internacional será eficaz apenas através de ação multilateral coordenada.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que “o extremismo violento representa uma ameaça fundamental a todos os países e pessoas”.
Ele fez a declaração esta segunda-feira numa sessão de trabalho durante a reunião do G-7, que está sendo realizada na Alemanha.
Resposta
Ban afirmou que a resposta da comunidade internacional para combater o problema só será eficaz através de uma ação multilateral coordenada.
Ele explicou que uma operação deste tipo é especialmente importante para lidar com o financiamento do terrorismo, com a vulnerabilidade das fronteiras e com o fenômeno dos combatentes terroristas estrangeiros.
O chefe da ONU disse que os jovens representam o grupo mais propenso à radicalização e ao extremismo violento. Ban declarou que a maioria dos extremistas combatentes têm entre 15 e 35 anos.
Solução
Apesar disso, o secretário-geral deixou claro que os jovens também são parte da solução do problema. Segundo ele, a comunidade internacional deve fazer mais para atrair esse grupo.
Para Ban, redes de “jovens ativistas pela paz combatendo o extremismo violento vão conseguir mais avanços do que qualquer programa de governo”.
O chefe da ONU afirmou que “medidas de segurança e até mesmo ações militares podem ser necessárias para lidar com as ameaças da violência extrema”.
O secretário-geral declarou que vai apresentar o “Plano de Ação Global da ONU para Evitar o Extremismo Violento” à Assembleia Geral, nos próximos meses.
Objetivo
O objetivo é mostrar propostas para lidar com as causas do problema, como a intolerância, os fracassos políticos e de governança e a marginalização social e econômica de certos grupos da sociedade.
O Plano dará aos Estados-membros recomendações concretas sobre as ações que devem ser tomadas em vários níveis, local, nacional, regional e global.
Segundo Ban, combater o extremismo violento exige uma atitude próativa, para “toda a sociedade” que inclui minorias, mulheres e jovens trabalhando como parceiros.
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