Relator quer análise sobre prisão de Prêmio Nobel
Líder da oposição, Aung San Suu Kyi, completará seis anos em prisão domiciliar em maio; um ano a mais do que o permitido pela legislação.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O relator especial sobre a Situação dos Direitos Humanos em Mianmar, Tomás Ojea Quintana, pediu às autoridades do país que revejam a duração da prisão da líder da oposição birmanesa e Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.
Leia o boletim de Eduardo Costa, da Rádio ONU em Nova York.
Prisão Domiciliar
"Quintana fez a declaração durante uma intervenção no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, nesta terça-feira.
O pedido foi levado às autoridades birmanesas em outubro do ano passado.
O relator explicou que em maio, fará seis anos que Aung San Suu Kyi está em prisão domiciliar.
Mas segundo o Ato Estatal de Proteção, de 1975, uma pessoa só pode ficar detida por no máximo cinco anos quando represente uma ameaça à soberania e à segurança do Estado.
Ojea Quintana afirmou que o Ministério Interior de Mianmar prometeu analisar o caso. O país, no sudeste da Ásia, é liderado por uma junta militar.
O relator da ONU também discutiu o mandado de prisão domiciliar do vice-presidente da Liga Nacional para Democracia, Tin Oo.
Ele foi detido em 13 de fevereiro e teve a duração de prisão renovada por mais um ano."
Em seu discurso, Tomás Ojea Quintana pediu a libertação de todos os presos políticos. Segundo ele, o país tem mais de 2,1 mil detidos nesta condição.