Milhares de deslocados voltam para casa no Sri Lanka

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados anunciou que o ritmo dos retornos aumentou nas últimas semanas; cerca de 163 mil deslocados continuam em campos em condições precárias.

[caption id="attachment_172337" align="alignleft" width="175" caption="Retorno de civis"]

Daniela Traldi, da Rádio ONU, em Nova York.

Cerca de 90 mil deslocados do Sri Lanka retornaram para suas casas nos últimos três meses, de acordo com informação divulgada nesta sexta-feira pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur.

Em entrevista a jornalistas em Genebra, na Suíça, o porta-voz do Acnur, Andrej Mahecic, disse que o ritmo dos retornos previstos tem sido maior, já que somente nas últimas duas semanas 39 mil pessoas voltaram para seus vilarejos, a maioria ao norte e ao leste do país.

Governo

Ele ressaltou que a agência da ONU está trabalhando junto a outros órgãos e com o governo do Sri Lanka para acelerar o regresso seguro e digno de todos os outros deslocados para suas áreas de origem.

Outras 16 mil pessoas foram liberadas dos campos onde viviam desde o fim do conflito, e estão sendo acomodadas junto a outras famílias. O grupo inclui mulheres grávidas e idosos.

A guerra civil entre o governo e o grupo rebelde Tigres de Libertação do Tâmil Eelam durou 26 anos e terminou em maio.

Cerca de 163 mil deslocados continuam em campos e, de acordo com Mahecic, as condições nesses locais estão se deteriorando.

Desminagem

O Alto Comissariado e outras agências da ONU tem distribuído ítens de assistência humanitária como colchonetes, lençóis e lamparinas àqueles que estão retornando para suas comunidades.

Essas famílias também vem recebendo assistência de valor equivalente a US$ 250 para ajudar na reconstrução de casas.

O Alto Comissariado forneceu ainda cinco máquinas para auxiliar nas operações de desminagem de ex-áreas do conflito.