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Crise ameaça direitos dos mais pobres, diz ONU BR

Crise ameaça direitos dos mais pobres, diz ONU

Em sessão especial, pedida por Brasil e por países africanos, alta comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay, diz que trabalhadores migrantes já estão sendo afetados.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Direitos Humanos realizou, nesta sexta-feira, uma sessão especial em Genebra, na Suíça, para debater o impacto da crise financeira sobre os direitos dos mais pobres e marginalizados.

Segundo o órgão da ONU, trabalhadores migrantes, em vários países, já começaram a ser afetados não só com a perda do emprego, mas com o perigo do aumento dos casos de xenofobia.

Brasil e África

A alta comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou que os efeitos da crise também serão sentidos nas condições de moradia, educação, cuidados médicos e de acesso à água.

O embaixador de Angola, Arcanjo do Nascimento, disse à Rádio ONU, de Genebra, que a sessão foi pedida pelo Brasil e pelos países africanos que participam do conselho.

"As camadas mais vulneráveis do mundo se encontram nos países em desenvolvimento. É necessário que os mecanismos das Nações Unidas que lidam com os direitos humanos atenuem os impactos sobre os direitos econômicos, sociais e culturais destas populações. Por isso, nós apoiamos a realização desta sessão", explicou.

Mulheres e Meninas

Na sua mensagem ao Conselho de Direitos Humanos, Navi Pillay pediu aos países e ao setor privado que formulem políticas que não prejudiquem as pessoas mais vulneráveis.

A alta comissária da ONU lembrou que mulheres e meninas estão mais expostas ao risco da violência por causa da precária situação financeira internacional.

Pillay disse ainda que os governos não podem deixar de lado a proteção dos direitos humanos em épocas de crise.