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Conflito já matou mais de mil em Gaza, diz OMS BR

Conflito já matou mais de mil em Gaza, diz OMS

Segundo Organização Mundial da Saúde, número de feridos também subiu para cerca de 5 mil pessoas; Ban já está na Jordânia debatendo cessar-fogo.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou, nesta quarta-feira, que o número de mortos no conflito em Gaza já passa de 1 mil pessoas.

Segundo a OMS, a quantidade de feridos também aumentou para cerca de 5 mil. A Missão da ONU no Líbano, Finul, afirmou que vários foguetes foram lançados nesta quarta-feira contra o norte de Israel.

Implementação

O Secretário-Geral da ONU se reuniu com o rei Abullah, da Jordânia, em Amã, capital do país, para discutir um cessar-fogo imediato.

É a segunda parada de Ban numa viagem de uma semana ao Oriente Médio para debater o fim do conflito entre Israel e o militantes do movimento islâmico Hamas.

A primeira visita foi ao Egito, como informou à Rádio ONU, de Amã, o porta-voz de Ban na viagem, Ahmad Fawzi.

Fawzi contou que Ban pediu a suspensão imediata dos combates, a entrada de ajuda humanitária às vítimas de Gaza e um processo de reconstrução incluindo a abertura de passagens entre a região e Israel.

Liderança

O Secretário-Geral da ONU afirmou que irá à Cisjordânia para se reunir com os representantes da Autoridade Nacional Palestina, que é reconhecida pela ONU como líder dos palestinos.

Ahmad Fawzi explicou que a ONU tem contato com o Hamas para distribuir ajuda humanitária, mas Ban Ki-moon não tem nenhuma intenção de se reunir com a liderança do Hamas nesta viagem.

A reunificação dos palestinos hoje divididos entre o Hamas, que comanda a Faixa de Gaza, e a Autoridade Palestina, que dirige a Cisjordânia, tem sido também sido debatida pelos palestinos.

Diálogo

O vice-ministro palestino do Exterior, Ahmed Sobeh, disse à Rádio ONU, de Ramallah, que a urgência é o cessar-fogo.

“A prioridade é parar a agressão israelense e depois vemos o todo. Hoje, a urgência é poupar sangue, poupar inocentes que estão sendo assassinados em Gaza. Primeiro, parar Israel, depois analisamos tudo incluindo a tranqüilidade na fronteira entre Gaza e Israel e o diálogo interno palestino”, afirmou.

De acordo com agências de notícias, até agora, pelo menos 14 israelenses morreram no sul do país com o lançamento de foguetes. A aposentada Léa Zamir, que vive a cerca de 10 km de Gaza, disse que a tensão na região já dura oito anos, e segundo ela a guerra é uma resposta justa aos ataques palestinos.

Aviso

“Havia dias em que lançavam 70, 80 bombas. Pode imaginar que você está em casa e de repente vem um aviso e a pessoa tem apenas 15 segundos para se esconder. Foram oito anos, até que Israel decidiu acabar com isso. Ninguém se intrometeu e cada vez mais recebíamos foguetes com mais capacidade e alcance, que poderiam chegar mais longe”, explicou.

O conflito na Faixa de Gaza começou em 27 de dezembro.