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Época de cheias em Moçambique preocupa PMA BR

Época de cheias em Moçambique preocupa PMA

Programa Mundial de Alimentos da ONU diz que não tem recursos para lidar com situações de emergências em 2009.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, em Moçambique, informou que está preocupado com a época de cheias no país, que começa nas próximas semanas.

A agência da ONU disse que não tem recursos para enfrentar os efeitos das enchentes. Ao todo, o PMA precisa comprar 11 mil toneladas de alimentos para socorrer as possíveis vítimas

Situação Grave

O encarregado de Informação do PMA, Peter Transburg, contou à Rádio ONU, de Maputo, que a agência ainda está lidando com os efeitos das cheias e secas do ano passado.

“O que é mais preocupante para nós é que não temos recursos para responder as emergências de 2009. Estamos ainda respondendo a emergência que aconteceu no ano passado, em 2008. Em termos de cheia e também seca. Em diferentes partes do país choveu muito, houve cheia. E na zona sul não receberam chuva suficiente, então houve seca. Significa que estas pessoas não têm alimentos, não tem estoques em casa. Como não houve uma boa colheita, ficaram numa situação muito grave”, disse.

Colheitas

De acordo com o PMA, sete das 11 províncias de Moçambique estão enfrentando problemas sérios com as fracas colheitas do ano passado.

Segundo o encarregado de Informação do PMA em Maputo, 80% dos moçambicanos vivem da agricultura. Ele afirmou ainda que a maior parte do sul da África é muito carente, e a ajuda tem que chegar aos que têm mais urgência.

“Aqui na África Austral temos outros países que também têm vários problemas. Para lutar pelas pessoas carentes aqui em Moçambique é uma dificuldade. Esse é o nosso desafio”, explicou.

De acordo com o PMA, o programa deve precisar de pelo menos US$ 8,5 milhões o equivalente a cerca de R$ 20 milhões para enfrentar a estação de chuvas.

Apresentação*: Eduardo Costa, Rádio ONU em Nova York.