Acordo sobre bombas ajuda Guiné-Bissau
Cerimónia ocorre em Oslo, na Noruega; uso de explosivos causou milhares de mortes e contaminação do solo em várias partes do mundo.
João Rosário, da Rádio ONU em Nova York.
O trabalho de desminagem na Guiné-Bissau pode beneficiar da Convenção sobre Bombas de Fragmentação, que é assinado esta quarta-feira em Oslo, na Noruega.
O acordo proíbe o uso, produção, armazenamento e transferência dos explosivos, que já mataram ou feriram milhares de pessoas em todo o o mundo.
Prevenção
O coordenador da Campanha contra Minas Terrestres e Bombas Cluster no Brasil, Cristian Wittman, falou à Rádio ONU, de Oslo, que o documento vai apoiar a desminagem na Guiné-Bissau e prevenir mais mortes no futuro.
“A Guiné-Bissau tem grandes desafios em relação à assistência às vítimas. Fazendo parte desta convenção, a Guiné-Bissau vai dar mais apoio no trabalho que está a ser feito no campo da desminagem, que é um grande desafio para evitar vítimas no futuro. Este tratado vai ajudar o país a cumprir as suas obrigações de limpar os seus terrenos", disse.
Segundo o acordo, os países também se comprometem a destruir arsenais, limpar áreas contaminadas pela presença das bombas além de ajudar as vítimas de explosões.
Nova York
De acordo com especialistas, as bombas foram desenvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial. Nas últimas décadas, grupos de activistas começaram a pedir a proibição dos explosivos responsáveis por mortes e ferimentos graves de muitos civis.
Após assinada pelos países representados em Oslo, a Convenção sobre Bombas de Fragmentação deve ser trazida para Nova York, onde será colocada à disposição para mais assinaturas.