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Simpósio debate apoio a vítimas de terrorismo BR

Simpósio debate apoio a vítimas de terrorismo

Reunião aberta pelo Secretário-Geral, Ban Ki-moon, conta com 18 vítimas; Ingrid Betancourt (foto) participa de mesa redonda.

Samantha Barthelemy & Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*

As Nações Unidas realizam, nesta terça-feira, o Primeiro Simpósio de Apoio às Vítimas do Terrorismo. O encontro convocado pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, conta com a presença de 18 vítimas do terrorismo e 10 especialistas.

Ban Ki-moon discursou na abertura da reunião e disse que chegou o momento de trocar experiências sobre o assunto numa escala global.

Experiência

Segundo Ban, é hora de ampliar a pequena comunidade que trabalha com o tema usando a experiência dos que estudam conflito e violência. Ele disse ainda que o simpósio também serve para ouvir países-membros da ONU que lidam com o terrorismo e como eles respondem a questão.

O Secretário-Geral discursou ao lado da ex-candidata presidencial da Colômbia, Ingrid Betancourt, que passou mais de seis anos refém do grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Farc.

Segundo Betancourt, a prioridade dela agora é trabalhar pela libertação de todos em cativeiro.

Governos

A ex-refém das Farc disse que não estará livre inteiramente enquanto as pessoas que ela deixou para trás também forem libertas.

Ingrid Betancourt disse que as vítimas do terrorismo precisam do apoio de todos os governos.

A política franco-colombiana disse que as vítimas do terrorismo devem enviar uma mensagem clara a líderes e governos de todo o mundo para sempre escolher a vida humana.

Estratégia

O secretário-geral assistente, Robert Orr, afirmou que o simpósio tem como foco a criação de medidas concretas de apoio às vítimas e de um diálogo entre vítimas, sociedades civis, governos e as Nações Unidas.

Na última sexta-feira, o presidente da Assembléia Geral da Nações Unidas, Srgjan Kerim, apresentou as conclusões do encontro de revisão da Estratégia Global contra o Terrorismo, adotada pela ONU em 2006.

Uma das medidas é a proposta de criação de sistemas nacionais de assistência para promover ajuda e facilitar a reintegração das vítimas e de suas famílias a uma vida normal.