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Doenças coronárias podem aumentar BR

Doenças coronárias podem aumentar

Organização Mundial da Saúde, OMS, diz que 30% das mortes no Brasil ocorrem por problemas cardiovasculares; congresso internacional em Curitiba debate medidas de prevenção.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Mais de seis mil participantes encerram nesta quarta-feira, em Curitiba, o 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, SBC, é a primeira vez que o evento reúne especialistas internacionais.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, cerca de 30% das mortes registradas no Brasil são causadas por doenças cardiovasculares. Segundo a agência da ONU, é preciso reverter a tendência para evitar o aumento de casos no país. Entre as maiores causas de doenças coronárias estão o tabagismo, a obesidade, altos níveis de colesterol e o estresse.

Vida Moderna

O evento contou com a presença de 14 cardiologistas de vários países das Américas, da Europa, da África e da Oceania.

O presidente da SBC, Antonio Carlos Palandri Chagas, disse à Rádio ONU, de Curitiba, que uma das formas de combater doenças do coração é rejeitar alguns confortos oferecidos pela vida moderna.

“Os hábitos de vida atuais, com essa dieta dos assim chamados fast-food; o sedentarismo marcado até pelo controle – remoto de televisão, de rádio, até do microondas, faz com que as pessoas cada vez caminhem menos. O ritmo de trabalho cada vez mais alucinante. As pessoas comem mal, comem de forma errada, na hora errada e acabam realmente engordando e levando a um aumento de risco cardiovascular”, explicou.

Palandri Chagas falou ainda sobre os riscos de doenças coronárias para mulheres.

“Inclusive esse alerta hoje se torna necessário até à população feminina, que igualmente se encontra em risco de doença cardiovascular. O derrame cerebral e o infarto agudo do miocárdio são as principais causas de morte dentro do nosso país. Atitudes absolutamente enérgicas devem ser tomadas, porque em um futuro próximo, se nada for feito, todos os países em desenvolvimento, os chamados BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China), passará e muito à mortalidade dos outros e inclusive à taxas alarmantes de morte cardiovascular”, alertou.

O 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia é considerado o maior evento do setor na América Latina.