Coração mata 31 mil portugueses por ano, diz OMS (Português para África)
Agência da ONU alerta que o elevado consumo de tabaco é umas das principais causas; Congresso em Curitiba, no Brasil, debateu medidas de prevenção.
Patrícia Fonseca, da Rádio ONU em Nova York.
Mais de seis mil participantes encerram, esta quarta-feira, em Curitiba, no Brasil, o 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, mais de um terço das mortes em todo o mundo têm como causa problemas coronários.
Dietas Erradas
A agência da ONU alerta que os factores de risco responsavéis por 75 % dos casos de problemas do coração são: o tabaco, o sedentarismo, a diabetes, a obesidade e as dietas erradas.
Sendo a diabetes, um dos problemas que centra a maior atenção dos médicos portugueses. Como afirmou à Rádio ONU, a partir de Curitiba, no Brasil, o presidente do Conselho Europeu de Acreditação em Cardiologia, Prof. Lino Gonçalves:
“A diabetes é um assunto que muito nos preocupa em Portugal. Tem vindo a crescer e digamos que a expectativa é de que a sua prevalência venha a subir até 2025. E, digamos, tendo em consideração as consequências extremamente nefastas que esta doença tem para todo o organismo, é uma epidemia que urge tratar e que urge tentar prevenir”, afirmou.
Ranking
Ainda assim, para o cardiologista português, que participa neste congresso, organizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, SBC, Portugal não está no ranking dos piores países em termos de doenças do coração:
“De acordo com as estatísticas que existem europeias, Portugal tem uma situação que não é as piores. Assim como muitos países do sul da Europa, onde os hábitos alimentares da dieta mediterrânica ainda parecem estar a proteger as populações. O grande problema em Portugal é, de facto, a nível da hipertensão arterial com elevado consumo de sal. E a hipertensaão arterial acaba por provocar também, um grande número de acidentes vasculares-cerebrais. O que é um problema de saúde pública em Portugal”, disse.
O evento contou com a presença de 14 cardiologistas vindos de vários países das Américas, da Europa, da África e da Oceania.
E pela sua dimensão, é considerado o maior evento do sector na América Latina.