Dia Mundial do Refugiado

Pesquisa da ONU sugere que mundo tem 11,4 milhões de refugiados e 26 milhões de deslocados por causa de violência e insegurança.

Iara Luchiari, Rádio ONU em Nova York.*

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, comemora nesta sexta-feira o Dia Mundial do Refugiado.

Este ano, a proteção foi o tema escolhido para comemorar a data em diferentes cidades do mundo.

Solidariedade

De acordo com as Nações Unidas, existem cerca de 11,4 milhões de refugiados e 26 milhões de deslocados internos.

O maior grupo de refugiados é gerado na Colômbia e no Iraque. Na África, os países que mais geram refugiados são Sudão e Somália.

O porta-voz do Acnur, William Splinder, disse à Radio ONU, de Genebra, que o maior presente que o refugiado pode receber nesta data é o apoio.

“Mais solidariedade com os refugiados, mais apoio para ajudar-los a sair desta situações. Os refugiados não querem estar numa situação de dependência. São pessoas que podem contribuir a seus países de asilo e são pessoas que querem somente uma oportunidade para poderem contribuir”, disse.

Brasil

No ano passado, o Brasil abriu as portas para mais de 100 refugiados palestinos que estavam vivendo no Iraque. Após a queda do ex-presidente Saddam Hussein, em 2003, eles passaram a ser perseguidos e tiveram que deixar o país.

A porta-voz do Acnur na Síria, Karmen Sakhr, disse à Radio ONU, de

Damasco, que a adaptação deles no Brasil está sendo feita sem problemas.

“O fato que o Brasil tem uma comunidade árabe na verdade, não só libanesa mas síria e também há bastante palestinos ajudou bastante. Porque nós mandamos os refugiados para as cidades onde há uma comunidade palestina para que eles possam se integrar melhor. Nós os mandamos para São Paulo e Porto Alegre”, disse.

Celebrações

O número recorde de refugiados foi registrado pelo segundo ano consecutivo após uma tendência de queda na procura de asilos até 2006.

A data é comemorada desde 2001, após uma resolução da Assembléia Geral da ONU que, e coincide com o Dia do Refugiado Africano.

Apresentação*: Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.