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Aiea lembra acidente em Goiânia

Aiea lembra acidente em Goiânia

Mais de 600 pessoas foram contaminadas por restos de material atômico encontrados num ferro-velho.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, lembrou nesta sexta-feira os 20 anos do acidente radioativo com o Césio 137 em Goiânia.

Segundo a agência da ONU, foi o pior acidente com uma fonte radioativa do mundo.

Mais de 600 pessoas foram contaminadas por restos de material atômico encontrados num ferro-velho. Quase 50 foram hospitalizadas.

Lições Aprendidas

A diretora da Divisão de Radiação, Transporte e Segurança da Aiea, Eliana Amaral, falou à Rádio ONU, de Viena, sobre as lições aprendidas com o acidente de Goiânia.

"O acidente de Goiânia abriu um espaço de discussão e verificou-se que havia uma necessidade de fortalecer as entidades regulatórias para o controle das fontes, desde que as fontes são fabricadas até a fonte deixar de ser utilizada", disse.

Eliana Amaral destacou os avanços conquistados após o acidente.

Segurança

"Foi desenvolvido um código de conduta para segurança física e tecnológica de fontes radioativas, que envolve também o controle de importação e exportação de fontes. De uma maneira geral, fortaleceu-se o sistema em nível nacional e internacional de controle das fontes, desde a sua fabricação até ao final", disse.

A Aiea pretende realizar ainda este ano um evento para discutir a elaboração de um plano de ação e controle sobre resíduos radioativos.