Arbour diz que emergência na Geórgia preocupa
Alta-comissária da ONU diz que forças de segurança teriam reprimido manifestantes e realizado batidas em emissoras de TV privadas.
Por Mônica Valéria Grayley
A alta-comissária de direitos humanos da ONU, Louise Arbour (foto), disse que está acompanhando, com apreensão, a situação na Geórgia, onde o governo declarou estado de sítio.
O presidente do país do leste europeu, Mikhail Saakashvili, disse que o período de emergência deve durar 15 dias. Ele proibiu qualquer manifestação pública, e segundo agências de notícias, as emissoras de TV e rádio privadas foram fechadas.
No fim de semana pelo menos 50 mil pessoas saíram às ruas pedindo a renúncia do presidente.
Nesta quinta-feira, tropas do exército tomaram as ruas da capital Tbilisi para reprimir protestos.
A alta-comissária da ONU disse que há relatos de “uso desproporcional da força, detenções e espancamento” de manifestantes.
Uma ex-república soviética, a Geórgia é membro do Tratado Internacional de Direitos Políticos e Civis.
Segundo Arbour, qualquer restrição de direitos tem que ser proporcional e só deve ser aplicada, estritamente, durante o período necessário.