Especialistas discutem na ONU padronização de nomes geográficos
Quase 300 especialistas de 100 países estão reunidos em Nova York para discutir formas de padronizar nomes geográficos em todo o mundo.
Segundo o Grupo de Especialistas das Nações Unidas em Nomes Geográficos, a designação de um lugar reflete a cultura de um povo.
De acordo com o grupo, a existência de vários nomes para um mesmo local gera confusão.
O engenheiro-cartógrafo, José Andrade, da Direção-Geral de Ordenamento de Cabo Verde explicou à Rádio ONU como uma simples tradução pode resultar em nomes completamente estranhos à realidade nacional.
“Nós temos uma boa cartografia, por acaso, feita pelos portugueses mas que já se vai desactualizando. Alguns nomes foram traduzidos para português do crioulo. Há um caso interessante: um lugar em Santo Antão que se chama Lin de Guinche foi traduzido para português como Lindo Guincho quando, na realidade, é o ninho do guincho, que é uma ave nativa de Cabo Verde”, explicou.
Para os especialistas, o uso correto do nome de um local gera vantagens econômicas e sociais.
Durante a conferência, serão apresentados um novo manual técnico e uma base de dados mundial com os nomes geográficos.
A reunião de especialistas em cartografia e geografia termina em 31 de agosto.