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Conselho de Segurança aprova missão da União Africana para Somália BR

Conselho de Segurança aprova missão da União Africana para Somália

O Conselho de Segurança aprovou por unanimidade o envio de uma missão de paz da União Africana para apoiar o processo de estabilização da Somália.

O embaixador da França junto à ONU, Jean-Marc de La Sabliere, disse que a vontade política dos povo somali é fundamental para se alcançar a paz no país.

De La Sabliere disse que o importante é haver na Somália diálogo e reconciliação nacional. Ele acrescentou que a paz não pode ser imposta.

A resolução do Conselho de Segurança elogiou a decisão do governo somali de convocar um congresso nacional de reconciliação, com a participação de líderes políticos, religiosos e representantes da sociedade civil.

A Somália vive um conflito armado desde a queda do presidente Siad Barre, em 1991.

Ainda na região africana, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, recomendou o envio de cerca de 11 mil tropas de manutenção de paz ao Chade e à República Centro-Africana, dois países que fazem fronteira com o Sudão.

O diretor para Assuntos Políticos do Gabinete do Secretário-Geral, Carlos Lopes, falou à Rádio ONU, sobre o âmbito da proposta enviada pelo Secretário-Geral ao Conselho de Segurança.

"Sempre houve uma preocupação por parte de alguns membros do Conselho de Segurança de poder fazer um conjunto de atividades que pudessem proteger os refugiados que se encontram no Chade. Para além desses problemas dos refugiados, que são muitos, tem havido uma certa instabilidade tanto na República Centro-Africana como no Chade. E pensou-se que a melhor maneira é talvez pôr uma força-tampão, que permita que nenhuma das partes seja do Sudão, do Chade ou da República Centro-Africana utilize o território para ataques a outra parte", disse.

Segundo a proposta de Ban, a ONU poderia ter um contingente de 6 mil soldados no terreno apoiados por helicópteros; ou uma segunda opção que colocaria no terreno os 11 mil soldados, na ausência de suporte aéreo.