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Assembléia Geral pede mais ação para Metas do Milênio BR

Assembléia Geral pede mais ação para Metas do Milênio

O Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, afirmou que os países em desenvolvimento precisam implementar rapidamente estratégias nacionais para atingir as Metas do Milênio. O apelo foi feito durante uma reunião sobre o tema na Assembléia Geral em Nova York.

O Secretário-Geral lembrou ainda que avanços na área do comércio, como por exemplo o fim do impasse da Rodada de Doha, são uma condição necessária ao sucesso.

A presidente da Assembléia Geral, Sheika Haya, elogiou a participação das organizações não-governamentais junto à ONU. Atualmente cerca de 4,5 mil ONGs estão cadastradas na organização.

No Brasil, Chiara Guidetti da ONG Natal Voluntários falou sobre o resultado de uma campanha de TV para conscientizar jovens universitários sobre as metas, principalmente a redução da pobreza e da fome.

“No começo, quando os jovens falavam desta meta, mencionavam sempre cesta básica. Diziam que precisávamos arrecadar comida numa coisa muito assistencialista. Graças à campanha e também as dicas que damos, eles começaram a perceber que não é só isso. E já passaram a pensar em dicas de alimentação, nutrição, como desenvolver os negócios dos pequenos produtores. Eles passaram ainda a utilizar as ferramentas que as universidades lhes dão como, por exemplo, na área de gestão e a passá-las para as pessoas mais pobres que não têm acesso às informações”, explicou.

A presidente da Assembléia Geral da ONU lembrou que 270 milhões de crianças em todo o mundo não têm acesso a serviços de saúde. E três milhões de pessoas morrem anualmente vítimas da Aids.

Ainda em sua mensagem, Kofi Annan disse que desafios globais como o HIV/Aids e a migração internacional estão recebendo tardiamente a atenção e os recursos que necessitam, mas segundo ele ainda há um longo caminho a percorrer.

As Metas do Milênio foram anunciadas por líderes mundiais em 2000 numa tentativa de erradicar e, em alguns casos, diminuir males sociais e econômicos até 2015.