Acnur quer corredores humanitários seguros no Líbano

Uma equipe de emergência do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, chegou à Síria para organizar a operação de socorros às pessoas que estão fugindo do conflito entre Líbano e Israel.

O porta-voz do Acnur, William Spindler, disse à Rádio ONU de Genebra, que a maior preocupação agora é aliviar o sofrimento de 500 mil pessoas que estão fugindo dos bombardeios.

“Um número de famílias libanesas, umas 700 famílias cruzaram a fronteira com a Síria. Nesse momento temos uma equipe no Líbano que está tratando de verificar a situação da população para identificar as necessidades e também para poder dar uma resposta adequada”, explicou Spindler.

Nesta sexta-feira, o Exército de Israel começou a recrutar milhares de reservistas e pediu à população civil que deixe o sul do Líbano imediatamente.

As tropas israelenses estão bombardeando o país desde 12 de julho em retaliação ao seqüestro de dois soldados israelenses pelo grupo islâmico libanês Hisbolá. O movimento diz que quer trocar os dois soldados por prisioneiros libaneses.

O conflito já matou mais de 300 pessoas.

O governo de Israel informou que mais de 30 israelenses já morreram nos ataques com foguetes e morteiros lançados pelos militantes do Hisbolá contra alvos no norte do país.

A missão enviada por Kofi Annan ao Oriente Médio concluiu que não existe possibilidade de um cessar-fogo imediato. Mas Annan disse ao Conselho de Segurança que a comunidade internacional deve deixar claro que a violência

tem de acabar.

Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança voltou a se reuniur para discutir a situação no Oriente Médio incluindo a crise dos refugiados palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, que também estão sob a ofensiva israelense.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Jan Egeland, apresentou um relatório sobre o trabalho das agências da ONU e disse ainda que somente no Líbano, 30% das vítimas fatais são crianças.