ONU pede libertação imediata de ganhadora do Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, em Mianmar
Líder da organização, António Guterres, expressou “profunda preocupação” com os veredictos finais, que aumentaram sentença da conselheira de Estado em mais sete anos de prisão; país do sudeste asiático sofre um golpe de Estado em fevereiro de 2021.
O secretário-geral da ONU pediu a libertação imediata da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz e conselheira do Estado de Mianmar, Aung San Suu Kyi.
Em dezembro, a junta militar que comanda o país aumentou a pena dela em mais sete anos de prisão.
O porta-voz de António Guterres, Stephane Dujarric, disse que o secretário-geral está profundamente preocupado com a situação no país asiático.
Segundo Dujarrric, o chefe da ONU pediu a libertação de Aung San Suu Kyi assim como a do presidente Win Myint. Ele disse que todos os detidos arbitrariamente em Mianmar precisam ser postos em liberdade imediata.
Com o acréscimo da sentença, San Suu Kyi, de 77 anos, passará a 33 anos de detenção. A política está em prisão domiciliar desde que os militares derrubaram o governo democrático do qual ela participava.
O golpe ocorreu após protestos de rua por democracia.
Na semana passada, o Conselho de Segurança pediu a libertação da Prêmio Nobel, que foi julgada a portas fechadas sem acesso da imprensa. Ela nega todas as acusações feitas pela junta militar.
Na nota, António Guterres lembrou os princípios de igualdade perante a lei que são garantidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assim como o direito à presunção da inocência, à audiência pública por um tribunal independente que são fundamentais à defesa de qualquer pessoa.