Medidas para conter covid-19 devem ser decididas caso a caso, diz OMS
Agência espera que série de providências anunciadas pela Itália funcione; país declarou quarentena em todo o território após ser descrito como “zona vermelha” para o novo coronavírus.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, disse esta terça-feira que medidas de contenção da nova cepa do coronavírus funcionam, mas precisam ser adaptadas a cada caso.
Em nota, a OMS afirma que esse tipo de decisão depende do número de pessoas que tiverem contraído a doença, em cada grupo, e de outros fatores locais. Para a agência, os benefícios à saúde pública devem ser proporcionais.
China
Na terça-feira, a OMS confirmou pelo menos 113.851 casos de covid-19 em 110 países. Somente na China foram 80.924 notificações de infecções. A doença já matou 4.015 pessoas, a maioria na China, onde surgiu a nova cepa do coronavírus.
Ainda nessa terça, começou a vigorar a quarentena em toda a Itália, a segunda nação com mais casos. O governo declarou o país uma “zona vermelha” para o coronavírus. De acordo com agências de notícias, as autoridades também pediram que as medidas de restrição de circulação sejam estritamente respeitadas.
A agência da ONU publicou uma lista com diretrizes muito específicas, incluindo gerenciamento clínico, testes laboratoriais e outros pontos.
Mas essas medidas devem ser decididas caso a caso. A OMS disse esperar que as providências da Itália funcionem.
Refugiados e deslocados
Em nota separada, a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, pediu US$ 33 milhões para assistir possíveis refugiados afetados pelo surto com preparação, prevenção e resposta às necessidades imediatas de saúde pública.
O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, contou que ainda não houve registros de candidatos a asilo ou refugiados doentes com o covid-19.
Mas lembrou que o vírus pode afetar qualquer pessoa, cabendo a todos a responsabilidade de garantir que a resposta global seja inclusiva.
Grandi destacou que permitir o acesso total aos serviços de saúde, inclusive para os mais marginalizados da comunidade, é a melhor maneira de proteção.
A agência destacou que todos incluindo refugiados, requerentes de asilo e deslocados internos têm o direito de acessar as instalações e serviços de saúde.