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ONU quer mais ação para apoiar africanas que sofrem com conflitos no Sahel BR

Na viagem, Amina também esteve no Chade, onde conheceu uma vítima de um ataque suícida do Boko Haram, Halima Yakoy Adam.
ONU News/ Daniel Dickinson
Na viagem, Amina também esteve no Chade, onde conheceu uma vítima de um ataque suícida do Boko Haram, Halima Yakoy Adam.

ONU quer mais ação para apoiar africanas que sofrem com conflitos no Sahel

Paz e segurança

Vice-chefe da ONU disse ter ouvido apelos de mulheres e meninas vítimas de conflitos para o mundo; em sessão do Conselho de Segurança, Amina Mohammed falou de vozes frustradas ao alertar para consequências da falta de ação internacional.

O Conselho de Segurança da Nações Unidas realizou esta terça-feira um debate aberto sobre mulheres, paz e segurança na região africana do Sahel.

Na abertura da sessão, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, disse haver uma clara necessidade de evitar que os países marcados pela fragilidade se tornem os Estados fracassados do futuro.

Progresso

Mohammed destacou que é importante aumentar, com urgência, o apoio com fundos para ajudar a desenvolver esses e outros países considerados frágeis, investindo no seu progresso.

A representante chegou na segunda-feira a Nova Iorque de uma visita à região feita com a enviada especial da União Africana para Mulheres, Paz e Segurança, Bineta Diop.

Ambas estiveram no Sudão do Sul, no Níger e no Chade acompanhadas pela ministra das Relações Exteriores sueca, Margot Wallström, que liderou a sessão do Conselho.

Amina Mohammed disse que é preciso abordar “o alto preço que as mulheres e meninas pagam pelos conflitos”.

Imagem: ONU News
Vice-chefe da ONU diz que liderança das mulheres é fundamental para o futuro do Níger

Sociedade

Durante a sua presença em África, Mohammed disse ter ouvido um “apelo universal e cada vez mais frustrado de mulheres por maior inclusão, representação e participação em todas as áreas da sociedade”.

A vice-chefe da ONU acredita que chegou o momento de passar de regulamentações para ação no Sahel, porque “investir na paz nesta região atualmente trará dividendos globais para todos.”

Para Mohammed, o custo da falta de ação é alto onde a “pobreza, as instituições fracas e a desigualdade de género, incluindo as práticas abomináveis, como o casamento infantil, estão criando um ambiente propício ao extremismo.”

Ela disse que  missões conjuntas como a do Sahel contribuem muito para o avançar a ação do Conselho. A expectativa é que o trabalho conjunto possa resultar em lições apropriadas para promover uma vida de paz e igualdade para todos.

Apresentação: Daniela Gross.