ONU quer mais ação para apoiar africanas que sofrem com conflitos no Sahel
Vice-chefe da ONU disse ter ouvido apelos de mulheres e meninas vítimas de conflitos para o mundo; em sessão do Conselho de Segurança, Amina Mohammed falou de vozes frustradas ao alertar para consequências da falta de ação internacional.
O Conselho de Segurança da Nações Unidas realizou esta terça-feira um debate aberto sobre mulheres, paz e segurança na região africana do Sahel.
Na abertura da sessão, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, disse haver uma clara necessidade de evitar que os países marcados pela fragilidade se tornem os Estados fracassados do futuro.
Progresso
Mohammed destacou que é importante aumentar, com urgência, o apoio com fundos para ajudar a desenvolver esses e outros países considerados frágeis, investindo no seu progresso.
A representante chegou na segunda-feira a Nova Iorque de uma visita à região feita com a enviada especial da União Africana para Mulheres, Paz e Segurança, Bineta Diop.
Ambas estiveram no Sudão do Sul, no Níger e no Chade acompanhadas pela ministra das Relações Exteriores sueca, Margot Wallström, que liderou a sessão do Conselho.
Amina Mohammed disse que é preciso abordar “o alto preço que as mulheres e meninas pagam pelos conflitos”.
Sociedade
Durante a sua presença em África, Mohammed disse ter ouvido um “apelo universal e cada vez mais frustrado de mulheres por maior inclusão, representação e participação em todas as áreas da sociedade”.
A vice-chefe da ONU acredita que chegou o momento de passar de regulamentações para ação no Sahel, porque “investir na paz nesta região atualmente trará dividendos globais para todos.”
Para Mohammed, o custo da falta de ação é alto onde a “pobreza, as instituições fracas e a desigualdade de género, incluindo as práticas abomináveis, como o casamento infantil, estão criando um ambiente propício ao extremismo.”
Ela disse que missões conjuntas como a do Sahel contribuem muito para o avançar a ação do Conselho. A expectativa é que o trabalho conjunto possa resultar em lições apropriadas para promover uma vida de paz e igualdade para todos.
Apresentação: Daniela Gross.