Ocha preocupada com encerramento de portos aéreos e marítimos do Iémen
Voos humanitários de e com destino ao país estão interrompidos; medida segue-se a informações sobre morte de um príncipe e sete funcionários sauditas em acidente aéreo.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
As Nações Unidas confirmaram, esta terça-feira, que as operações humanitárias para o Iémen estão bloqueadas devido ao fechamento de portos aéreos e marítimos no país.
O Escritório para Assuntos Humanitários, Ocha, anunciou que a coligação que atua no país pediu ao Mecanismo de Verificação e à Inspeção da ONU que informem às embarcações comerciais que deixem os portos de Hudaydah e Saleef.
Voos
A coligação é liderada pela Arábia Saudita. Segundo agências de notícias, o anúncio ocorreu após a morte de um príncipe da Arábia Saudita e de sete funcionários num acidente de helicóptero perto da sua fronteira com o território iemenita.
Desde esta segunda-feira, voos humanitários de e com destino ao Iémen estão estão interrompidos.
De acordo com o Ocha, o porto de Al Hudaydah é a espinha dorsal das operações humanitárias no Iêmen, e dele depende a ajuda a milhões de pessoas. O escritório considera uma obrigação humanitária o funcionamento do porto.
Impacto
O Ocha disse que porto e aeroportos têm de permanecer abertos para garantir a entrada de alimentos, combustível e medicamentos. No país, há relatos de “longas filas de carros” em postos de abastecimento.
O Ocha revela muita preocupação com o possível impacto negativo do encerramento do espaço aéreo para a situação humanitária já grave no Iémen. O país tem 7 milhões de pessoas passam fome e dependem completamente da ajuda para sobreviver.
As Nações Unidas advertem que se o canal de abastecimento parar, a insegurança alimentar se aprofundará e a crise humanitária será ainda maior.