Acnur: oferta de abrigo a migrantes do sudeste asiático é "um passo importante"
Agência quer migrantes em terra e a receber imediatamente os primeiros socorros; decisão foi anunciada após negociações de emergência em Kuala Lumpur entre chefes da diplomacia da Malásia, da Indonésia e da Tailândia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O acordo que esta quarta-feira culminou com a oferta de abrigo temporário a 7 mil migrantes encalhados no mar de Andamão é um "passo inicial importante" na busca de soluções, disse o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur.
Agências de notícias informaram que o compromisso foi alcançado por ministros dos Negócios Estrangeiros da Malásia, da Indonésia e da Tailândia. O objetivo é resolver a questão das pessoas retidas em barcos na Baía de Bengala e ao largo da costa do sudeste da Ásia.
Primeiros Socorros
O Acnur declarou que a medida é vital para salvar vidas. Mas considera urgente que essas pessoas sejam transportadas para terra sem demora, e que todos os necessitados recebam imediatamente os primeiros socorros.
O anúncio da decisão foi feito pelo ministro malaio dos Negócios Estrangeiros, Anifah Aman, após negociações de emergência com os homólogos indonésio e tailandês em Kuala Lumpur.
Tailândia
De acordo com as informações, a aplicação do acordo só seria para os que já estão no mar. Das três nações, a Tailândia é a única que não vai abrigar os migrantes.
Estima-se que somente esta semana, cerca de 3 mil cidadãos do Bangladesh e da etnia Rohingya, do Mianmar, chegaram à costa. Vários foram rejeitados.
Novas Medidas
O Acnur disse concordar com os ministros que serão necessárias novas medidas para lidar com a questão, mas realça que devem ser abordadas as suas principais causas.
Para a agência, esses passos devem ter em conta olhar para as necessidades das pessoas com necessidade de proteção internacional de forma adequada.
De acordo com o Acnur, tal como acontece com outras regiões do mundo onde ocorrem grandes movimentos por via marítima, os países da região terão de trabalhar em conjunto para abordar o tema de forma significativa e com sucesso.
A agência da ONU diz estar pronta para trabalhar com os Estados da região para encontrar soluções. Estas poderão incluir o retorno voluntários aos seus países de origem assim que que as condições o permitam.
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