Fontes melhoradas de abastecimento de água cobrem 49% dos moçambicanos
Os dados são do Unicef e da OMS; agências indicam que 21% da população total usa infraestruturas melhoradas de saneamento; quatro em cada 10 pessoas pratica o fecalismo a céu aberto no país.
Ouri Pota, da Rádio ONU em Maputo.
Por ocasião do Dia Mundial de Água, assinalado neste 22 de março, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, em Moçambique recorda que o acesso à água é um direito humano fundamental.
Em nota, o representante da agência no país, Koenraad Vanormelingen, afirma que apesar dos progressos realizados, a epidemia de cólera mostra que muitas crianças ainda não têm acesso à água segura em Moçambique.
Advocacia
O representante do Unicef afirma que este é o período favorável para reforçar as mensagens de advocacia sobre o investimento do Governo moçambicano nas infraestruturas de Água.
Por outro lado considera importante lembrar as mensagens para a população sobre o manuseamento, conservação e tratamento da água devido às cheias e as epidemias de cólera nas províncias de Tete, Zambézia, Sofala, Nampula e Niassa.
A agência da ONU indica que Moçambique tem o compromisso de fornecer acesso universal e equitativo à água potável, ao saneamento e à higiene para todos.
Vulnerabilidade
O destaque vai para as necessidades de mulheres e meninas em situação de vulnerabilidade, assegurando que todas as escolas e centros de saúde tenham água segura e confiável, saneamento e higiene até 2030.
Moçambique, República Democrática do Congo e Papua-Nova Guiné são os países onde mais da metade da população não melhorou o acesso à água potável. O facto contraria as metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milénio que preconizavam a redução para metade da percentagem da população mundial sem acesso à água até 2015.
Este ano, o Dia Mundial da Água é assinalado sob o lema Água e o Desenvolvimento Sustentável. Em Moçambique, as festividades estão a ser coordenadas pelo Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos com o apoio do Unicef.
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