Onusida aponta desafios de combate ao HIV no Sudão do Sul
No país decorre campanha para ampliar aconselhamento e testagem; autoridades confirmam lacunas do nível de conhecimento sobre o vírus no país com poucos laboratórios de diagnóstico.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Sida, Onusida, anunciou uma série de esforços em curso no Sudão do Sul para alargar serviços para aconselhar e fazer testes de HIV.
A agência mencionou uma iniciativa do Ministério da Saúde do mais novo país africano, sobre uma formação em centros de saúde de todo o território envolvendo médicos, enfermeiros e “até porteiros”.
Tratamento
O objetivo é que os participantes tenham um conhecimento prático sobre o vírus, além de adquirir informações sobre os locais onde estão disponíveis testes e serviços de tratamento.
Uma análise sobre a epidemia no país, feita este ano, revela que 45% das mulheres entre 15 e 49 anos de idade que ouviram falar sobre o vírus. O estudo foi lançado no início deste ano pelo Governo e pelo Onusida.
Em 2010, um outro estudo domiciliar de saúde revelou que apenas 23% dos homens que participaram da pesquisa tinham feito um teste de HIV. Menos da metade recebeu os resultados.
Maior Risco
O gestor do programa de HIV da Organização Mundial da Saúde para o Sudão do Sul considerou crucial divulgar a importância do conhecimento sobre o estado das pessoas, especialmente das que estejam em risco de contrair o vírus.
Entre as lacunas apresentadas pelo sistema de saúde do país, está o facto de haver apenas 22 instituições que oferecem tratamento antiretroviral em todo o Sudão do Sul.
O país também tem poucos laboratórios para diagnosticar os pacientes além dos equipamentos necessários para monitorizar o vírus.
Para abordar as questões, as autoridades dizem que pretendem integrar o tratamento nos estabelecimentos de cuidados de saúde primários e contruir 100 novos centros nos próximos anos.