Países vão aumentar apoio às nações que abrigam refugiados sírios
Reunião do Acnur termina com um acordo de compromisso para ajuda direta aos governos do Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia, incluindo apoio financeiro e assistência às comunidades acolhedoras.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Em uma reunião promovida pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, a comunidade internacional adotou um acordo para reduzir o impacto econômico dos países que abrigam refugiados sírios.
Segundo o Acnur, mais de 2 milhões de civis deixaram a Síria e buscaram abrigo em outras nações, principalmente no Iraque, na Jordânia, no Líbano e na Turquia.
Cinco Áreas
Ao final do encontro em Genebra, nesta terça-feira, os 135 países do Comitê Executivo do Acnur definiram o apoio urgente em cinco áreas: a primeira é a ajuda direta aos governos das nações vizinhas à Síria.
Foi também acordado apoio financeiro e em bens materiais para os refugiados; assistência às comunidades que acolhem os sírios, para que haja melhoria nos serviços, na segurança e na infraestrutura.
Doações Financeiras
Outras propostas são o reassentamento e a concessão de vistos humanitários, e o desenvolvimento de projetos que reduzam os custos econômicos e sociais relacionados ao acolhimento dos sírios.
O Acnur acredita que mais de 4,2 milhões estão deslocadas dentro da Síria e cerca de 2 milhões foram registrados como refugiados nos países da região ou esperam pelo registro.
Dos US$ 3 bilhões requeridos pelas Nações Unidas para ajudar os refugiados sírios, até agora a organização só conseguiu quase a metade do dinheiro. A quantia equivale a mais de R$ 6,6 bilhões.
A crise na Síria afeta toda a região, com queda no mercado de trabalho, nos salários e aumento dos preços. O Acnur explica que com isso, muitas famílias lutam para conseguir pagar suas despesas.