OMS elogia decisão de deixar tabaco fora da Copa do Mundo no Brasil
Anúncio de que produto não será tolerado nos estádios e espaços do evento esportivo foi feito pela FIFA; proibição já começa a valer este ano para as partidas da Copa das Confederações, marcadas para junho.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, saudou a decisão da Federação Internacional de Futebol, Fifa, de proibir o uso de tabaco nos estádios e outros espaços dedicados às competições da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Em comunicado, a Opas, o braço regional da Organização Mundial da Saúde, declarou que a medida beneficiará os jogadores e torcedores, que poderão assistir às partidas livres da fumaça do tabaco. O anúncio sobre a decisão foi feito pela própria Fifa, no último dia 7, no Brasil.
Promoção
A diretora da Opas, Carissa Etienne elogiou a Fifa pela “preocupação com a saúde dos torcedores e disse que com isso, o evento mais importante do mundo não será transformado numa oportunidade de promoção para o uso do tabaco.”
A proibição do uso de tabaco nos jogos da Copa do Mudo vale para as 12 cidades anfitriãs, e também para as partidas da Copa das Confederações da Fifa, que serão realizadas em seis capitais brasileiras de 15 a 30 de junho deste ano.
Pelas regras, ficam proibidos o uso e a venda de cigarros ou qualquer produto do tabaco dentro de cada estádio e até mesmo fora mas no perímetro do estabelecimento. Não serão permitidas ainda propagandas de cigarro, promoção ou patrocínio de tabaco.
Em todo o mundo, cerca de 6 milhões de pessoas morrem anualmente por causa do uso do tabaco. Deste total, 1 milhão de óbitos ocorrem dentro do continente americano.
A iniciativa de realizar a Copa do Mundo sem tabaco começou em 2002 nos jogos da Coreia do Sul e do Japão.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse que a decisão de implementar a medida já este ano e na Copa do Mundo é um passo natural da história de eventos importantes.
Já a consultora para o controle do tabaco na Opas, Adriana Blanco, lembrou que a proibição de tabaco também está se tornando uma rotina em outros eventos como as Olimpíadas. Ela encerrou dizendo que a medida também reflete o que chamou de “liderança do Brasil na implementação do controle de tabaco.”
Segundo a OMS, o tabaco custa à economia global, todos os anos, o equivalente a R$ 400 bilhões.