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OMS saúda plano de exclusão do tabaco de recintos do Mundial 2014

OMS saúda plano de exclusão do tabaco de recintos do Mundial 2014

Fifa considera a medido um passo natural da história de eventos importantes; agência da ONU defende que tabaco custa cerca de US$ 200 mil milhões anuais à economia global.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, saudou a decisão da Federação Internacional de Futebol, Fifa, de proibir o uso de tabaco nos estádios e outros espaços dedicados às competições do Mundial de 2014, no Brasil.

Em comunicado, a Opas, o braço regional da Organização Mundial da Saúde, declarou que a medida vai beneficiar os jogadores e adeptos que poderão assistir às partidas livres do fumo do tabaco. O anúncio sobre a decisão foi feito pela própria Fifa, no último dia 7, no Brasil.

Saúde dos Adeptos

A diretora da Opas, Carissa Etienne elogiou a Fifa pela “preocupação com a saúde de adeptos e disse que com isso, o evento mais importante do mundo não será transformado numa oportunidade de promoção para o uso do tabaco.”

A proibição do uso de tabaco nos jogos da Copa do Mudo vale para as 12 cidades anfitriãs, e também para as partidas da Copa das Confederações da Fifa, que serão realizadas em seis capitais brasileiras de 15 a 30 de junho deste ano.

Economia Global

De acordo com a OMS, o tabaco custa anualmente à economia global, o equivalente a US$ 200 mil milhões.

Pelas regras, ficam proibidos o uso e a venda de cigarros ou qualquer produto do tabaco dentro de cada estádio e até mesmo fora mas no perímetro do estabelecimento. Não será permitida a publicidade de cigarro, promoção ou patrocínio de tabaco.

Passo Natural

A iniciativa de realizar o evento mundial sem tabaco começou em 2002 nos jogos da Coreia do Sul e do Japão.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse que a decisão de implementar a medida já este ano e no Mundial é um passo natural da história de eventos importantes.

Mortes

Já a consultora para o controle do tabaco na Opas, Adriana Blanco, lembrou que a proibição de tabaco também se está a tornar uma rotina em eventos como as Olimpíadas.

Estima-se que em todo o mundo, cerca de 6 milhões de pessoas morrem anualmente por causa do uso do tabaco.

*Apresentação: Eleutério Guevane.