Alerta para implicações de chuvas no norte de Moçambique, após inundações
Ocha diz que o acesso a algumas áreas continua a ser problemático; pelo menos 48 pessoas morreram devido às inundações que já afetaram centenas de milhares no sul.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, alertou para possíveis implicações humanitárias das cheias, devido à queda de chuvas no norte de Moçambique nesta semana.
Estima-se que pelo menos 48 pessoas morreram, devido às inundações que ocorreram o sul na semana passada. Outras 250 mil foram afetadas, além dos 146 mil alojados em abrigos temporários.
Menina
Na localidade de Xihakelane, o jornalista Amâncio Miguel, da Rádio ONU, conversou com Hortênsia que deu à luz uma menina no teto de uma casa do distrito de Chókwe, o mais afetado do sul do país.
Segundo ela, quando começou a chover estava sentada e teve que subir para o teto da casa vizinha onde acabou por dar parto. Estava só e, momentos depois, foi socorrida por outros, que a aconselharam a descer por receios de possíveis problemas. Depois, seguiu para o abrigo temporário.
Águas
De acordo com o escritório, “o acesso a algumas áreas continua a ser um problema, com muitas estradas e pontes destruídas.” Apesar de as águas estarem a baixar lentamente, várias pessoas perderam os bens e carecem de assistência humanitária contínua.
O Ocha destaca o lançamento, nos próximos dias, de um plano de resposta por várias entidades humanitárias no país.
Apoios
Neste momento, o Governo de Moçambique, apoiado pela ONU e outros parceiros carecem de mais apoios para as ações em curso, defende o Ocha.
Na África Austral o fenónmeno também afeta as populações de Madagáscar, do Botsuana, das Seischelles, da Namíbia, do Malaui e do Zimbabué.