Conselho de Segurança aprova envio de missão internacional para o Mali
Órgão defende que a força, com a sigla Afisma, deve operar, inicialmente, por um ano; mandato prevê a recuperação de regiões controladas pelos rebeldes no norte do país e restauração da unidade territorial.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança autorizou o envio da Missão Internacional de Apoio ao Mali, a ser liderada pelo continente africano.
Com a sigla Afisma, a missão deve operar, inicialmente, por um ano “com vista a ajudar as autoridades na recuperação de regiões controladas pelos rebeldes no norte do país e restaurar a unidade do país.”
Rebeldes Tuaregues
O norte do país foi ocupado por radicais islâmicos após os combates entre as forças governamentais e os rebeldes tuaregues iniciados em Janeiro. O país também enfrenta problemas políticos, de segurança e humanitários.
A decisão do Conselho foi tomada no âmbito do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que autoriza o uso da “força em face de uma ameaça à paz ou agressão.”
Extremistas
Os 15 países-membros incumbem a missão de contribuir para a reconstrução das Forças de Defesa e Segurança. A Afisma deve apoiar as autoridades na recuperação de “áreas do norte sob o monitoramento de extremistas, terroristas e grupos armados na redução da ameaça representada pelos grupos terroristas”.
A resolução foi adotada, esta quinta-feira, por unanimidade. Fazem parte dos objetivos da missão contribuir com as autoridades malianas na “responsabilidade primária de proteger a população.”
Assistência
Um outra atribuição é criar um ambiente seguro para a a distribuição de assistência humanitária e o regresso voluntário de deslocados internos e refugiados.
De acordo com a ONU, somente neste ano 412 mil foram forçadas a fugir do norte do Mali, como resultado do conflito que afetou cerca 5 milhões de pessoas.