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Conselho de Segurança pronto para considerar sanções contra o Mali

Reunião no Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Loey Felipe

Conselho de Segurança pronto para considerar sanções contra o Mali

Órgão reforça que situação no país continua a ser uma ameaça para a paz internacional; medidas podem ser aplicadas contra os que atacam ou ameaçam a Minusma; mandato da Missão da ONU é renovado por mais um ano.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Para o Conselho de Segurança, a situação no Mali continua a ser uma ameaça à paz e à segurança internacionais. Numa reunião esta segunda-feira, o órgão apelou ao governo e aos grupos armados Plataforma e Coordenação a respeitarem o acordo de cessar-fogo.

Caso as hostilidades continuem, o Conselho está “pronto para considerar sanções contra todos os que violem o cessar-fogo e também contra os que atacam ou ameaçam a Missão Integrada da ONU de Estabilização no Mali, Minusma”.

Cooperação

A resolução aprovada pede ainda que todos os grupos baixem suas armas, ponham um fim à violência, cortem laços com organizações terroristas e reconheçam a integridade territorial do estado maliano.

O Conselho de Segurança também pede ao governo e aos grupos Plataforma e Coordenação para que cooperem, com urgência, com o representante especial do secretário-geral no país, em particular para que o acordo de cessar-fogo seja implementado.

Tropas

Na reunião, o Conselho também decidiu renovar o mandato da Minusma por mais um ano, até 30 de junho de 2016. A Missão da ONU no Mali deve ter mais de 11,2 mil militares e incluir pelo menos 40 observadores para monitorar e supervisionar o cessar-fogo.

O órgão nota a importância da Minusma ter batalhões de reserva que sejam capazes de se deslocarem com rapidez pelo país, além de 1,4 mil polícias. O mandato da missão continua a ser o de apoiar a implementação do acordo de cessar-fogo e de proteger os civis e os direitos humanos no Mali.

A resolução do Conselho de Segurança pede ainda aos países do Sahel para que melhorem sua coordenação a fim de combaterem atuais ameaças à região, como terrorismo, crime organizado transnacional e tráfico de drogas.

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