ONU quer mais proteção a civis vulneráveis a ataques do LRA
John Holmes ressaltou que as ações do grupo rebelde ugandês continuam em andamento; o coordenador humanitário das Nações Unidas afirmou que, entre setembro e junho, mais de 1,2 mil civis foram assassinatos e 1,4 mil raptados na RD Congo.
[caption id="attachment_158700" align="alignleft" width="175" caption="Soldados da Monuc"]
Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
O coordenador humanitário das Nações Unidas, John Holmes, pediu medidas mais fortes de proteção a civis da República Democrática do Congo que ainda estariam vulneráveis a ataques do Exército de Resistência do Senhor, LRA.
O apelo foi feito nesta quinta-feira, véspera do massacre realizado entre 25 e 27 de dezembro do ano passado pelo grupo rebelde ugandês.
Vulnerabilidade
Segundo nota do coordenador humanitário da ONU, os ataques de 2008 a igrejas e vilarejos teriam deixado mais de 400 mortos.
Ele ressaltou que as ações do LRA continuam em andamento. Holmes afirmou que, entre setembro e junho, mais de 1,2 mil civis foram assassinados e 1,4 mil raptados, incluindo mulheres e crianças, provocando o deslocamento de 230 mil pessoas.
O coordenador disse que os massacres comprovam a vulnerabilidade de civis em regiões da RD Congo onde grupos armados continuam agindo com total desrespeito às leis nacionais e internacionais.
Ameaça
Ele lembrou que o LRA é uma ameaça regional crescente que desestabiliza uma área significativa da África Central.
Holmes elogiou a missão da ONU na RD Congo, Monuc, e o aumento da cooperação entre os órgãos das Nações Unidas nos três países mais afetados.
O Conselho de Segurança aprovou nesta quarta-feira a extensão do mandato da Monuc até 31 de maio, com possibilidade de renovação por mais 12 meses. A missão da ONU na República Democrática do Congo existe há 10 anos.