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Campanha de sensibilização quer erradicar paludismo na Guiné-Bissau

Campanha de sensibilização quer erradicar paludismo na Guiné-Bissau

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Iniciativa que prepara as populações para o período de chuvas decorre desde quarta-feira; Pelo menos 3 mil ativistas recensearam famílias em várias comunidades.

Amatijane Candé, de Bissau para a ONU News.

Metade dos guineenses deve receber um mosquiteiro impregnado com inseticida numa campanha a decorrer até junho. Desde a quarta-feira várias comunidades acolhem iniciativas de sensibilização que terminam a 20 de maio.

A  iniciativa vai decorrer sob o lema “acabar de vez com o paludismo” visando prevenir a doença que é considerada a principal causa de morte no país.

Higiene

As Nações Unidas apoiam a iniciativa liderada pelo Governo da Guiné-Bissau através da Organização Mundial de Saúde, OMS, do Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e do Programa para o Desenvolvimento, Pnud.

Falando em crioulo, em representação da OMS, o responsável de Prevenção e Controle de Doenças, Inácio Alvarenga, declarou que melhorar as condições higiénicas ajuda a combater o paludismo.

Para o responsável, o sucesso nessas ações aumenta o potencial da força produtiva.

Conhecimento

Alvarenga disse que quando morrem menos crianças num país como a Guiné-Bissau significa que a esperança média de vida aumenta e que o país tem mais massa crítica em busca do conhecimento científico. Segundo ele, uma maior força produtiva gera um maior crescimento económico.

A sensibilização comunitária para prevenir o paludismo está alinhada com a campanha de distribuição gratuita de mosquiteiros impregnados, que está integrada com a suplementação da vitamina A e a desparasitação com mebendazol para todas as crianças menores de cinco anos.

Na primeira fase da campanha foram recenseadas famílias em ações porta-a-porta que envolveram 3 mil ativistas que procuraram saber o número de pessoas por agregado.

Photo Credit
Rede mosquiteira. Foto: Acnur/Sarah Hoibak