Campanha vai durar uma semana e conta com apoio da OMS e do Unicef; poliomielite voltou ao país em 2013 depois de um surto no Paquistão ter chegado à Síria.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite na Síria quer alcançar mais de 2,7 milhões de crianças com menos de cinco anos em todo o país.

Mais de 7 mil agentes de saúde estão participando da iniciativa, que conta com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e da Organização Mundial da Saúde, OMS.

Violência

Os dois únicos estados que não estão incluídos nessa campanha de vacinação são Al Raqqa e Idlib, por causa da violência. Al Raqqa continua completamente inacessível e em Idlib estão sendo realizadas operações militares comandadas pela Turquia.

Esta é a primeira vacinação contra a pólio este ano na Síria. A última foi em novembro do ano passado.

A maior preocupação das autoridades é atingir mais de 500 mil crianças que estão em áreas consideradas de difícil alcance e que não foram vacinadas em campanhas anteriores.

Epidemia

Mais de 30% dos agentes de saúde vão estar trabalhando nas regiões mais difíceis. A organização Crescente Vermelho Árabe na Síria é responsável pelo transporte das vacinas até os locais de difícil acesso e áreas sitiadas.

O vírus da pólio voltou à Síria em 2013 depois que a epidemia no Paquistão se propagou e acabou chegando ao país. Na época, foram registrados 36 casos no território sírio e também dois no Iraque.

O surto foi contido por causa de uma rápida resposta de saúde no Oriente Médio e nenhum caso foi registrado desde janeiro de 2014. As autoridades sírias já realizaram seis campanhas de vacinação em massa contra a pólio desde outubro de 2015.

Segundo a OMS, a poliomielite conseguiu ser reduzida em 99,9% desde 1998 em todo o mundo. A doença continua endêmica em apenas três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

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