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Países que apoiam Guiné-Bissau reiteram confiança no Acordo de Conacri

Países que apoiam Guiné-Bissau reiteram confiança no Acordo de Conacri

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Grupo que forma a estratégia para Consolidação da Paz no país está apreensivo com impacto negativo da instabilidade política; comunicado cita obstáculos ao avanço económico e nos setores da saúde e educação.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O roteiro de seis pontos e o acordo de Conacri para o fim da crise na Guiné-Bissau forneceram o quadro para o caminho a seguir, reitera a configuração para o país da Comissão de Consolidação da Paz, PBC.

O grupo de nações, presidido pelo Brasil, elogiou o papel de mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, após a reunião de quarta-feira que debateu a situação na sede das Nações Unidas.

Instabilidade

Um comunicado sobre o encontro destaca a contínua preocupação com o facto de o povo da Guiné-Bissau estar a sofrer o impacto negativo da instabilidade política devido à falta de serviços públicos básicos e a situação socioeconómica.

Falando à ONU News após o encontro, em Nova Iorque, o conselheiro político e diplomático do primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Soares Sambú, disse que apesar da convergência internacional em relação ao auxílio, os guineenses tinham um papel a desempenhar para o avanço do país.

Entendimento

“Senti disponibilidade e uma forte vontade de apoiarem a Guiné-Bissau na construção do desenvolvimento socioeconómico. Os programas virados às camadas mais vulneráveis, às crianças, às mulheres e os jovens vão continuar, mas é uma questão que sempre vem ao de cima: é preciso que haja um ambiente apaziguado e de alguma estabilidade política, de entendimento e de cordialidade entre os guineenses para se poder acolher todos esses apoios da comunidade internacional e das instituições financeiras.”

A PBC cita os danos provocados aos setores da saúde e educação. O grupo de países destaca os esforços das partes internacionais e regionais envolvidas para ajudar os partidos guineenses a pôr termo ao impasse político.

A PBC declarou que está profundamente empenhada em apoiar a implementação bem-sucedida do acordo de Conacri “para garantir que todos os guineenses desfrutem dos frutos da estabilidade e do desenvolvimento”.

O pedido às autoridades de Bissau e aos principais atores políticos é que se envolvam num “diálogo construtivo e inclusivo” para que os consensos alcançados com a mediação de países da região sejam rapidamente executados.

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Bandeira da Guiné-Bissau. Foto: ONU/Loey Felipe