Perspectiva Global Reportagens Humanas

ONU alerta que pelo menos 5,5 milhões de pessoas estão sem água na Síria

ONU alerta que pelo menos 5,5 milhões de pessoas estão sem água na Síria

Baixar

Agência Humanitária das Nações Unidas teme que falta de acesso possa levar a um aumento das doenças transmitidas pela água; autoridades disseram que as crianças são as mais vulneráveis.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, alertou que pelo menos 5,5 milhões de pessoas em Damasco, na Síria, não têm acesso à água desde 22 de dezembro do ano passado.

Segundo a agência da ONU, o motivo são os combates na região de Wadi Barada, onde está localizado o reservatório que abastece a capital do país.

Doenças

O Ocha teme que o problema aumente os casos de doenças transmitidas pela água, já que ela está sendo reutilizada várias vezes. As crianças são as que correm mais risco.

A ONU informou que as autoridades locais colocaram em ação um plano de emergência para atender a demanda mínima da população de Damasco. Caminhões pipa estão sendo usados para distribuir água em escolas, hospitais, padarias e em alguns bairros.

Fonte de água

Como parte do programa de resposta de água, saneamento e higiene do Ocha na Síria, a agência tem construído e reparado vários poços artesianos na região da capital.

O objetivo é suprir um terço das necessidades diárias de água da população. Há quase duas semanas, esses poços têm sido a única fonte de água para toda a cidade de Damasco.

O Ocha também está fornecendo combustível e geradores para aumentar a capacidade de retirada de água, está financiando reparos em infraestrutura e o envio de caminhões pipa para abastecer 50 escolas e algumas áreas rurais da capital.

Notícias relacionadas:

Conselho de Segurança aprova resolução sobre acordo de cessar-fogo na Síria

Unicef diz que crianças em Alepo estão "estressadas, feridas e sozinhas"

Photo Credit
4 milhões de pessoas em Damasco, na Síria, não têm acesso à água desde 22 de dezembro do ano passado. Foto: Unicef/Romenzi