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Para enviado, resolver a situação em Alepo continua “vital e crucial”

Para enviado, resolver a situação em Alepo continua “vital e crucial”

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Após encontros com ministros da União Europeia, Staffan de Mistura declara que se conflito continuar nos níveis atuais, cidade síria deixará de existir até dezembro; ele confia em unidade do bloco europeu.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O enviado das Nações Unidas para a Síria está em Luxemburgo e encontrou-se com ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia. Depois da reunião, Staffan de Mistura declarou que resolver a situação em Alepo é vital e crucial.

Na avaliação dele, se uma solução não for encontrada, a cidade síria deixará de existir até dezembro. De Mistura conta com a união dos países europeus em relação ao futuro de Alepo, onde 275 mil pessoas estão sob risco somente na região leste.

Mudanças

O enviado da ONU destaca que conversas de paz são prioridade, mas é impossível ter qualquer tipo de discussão “normal sobre a Síria enquanto Alepo sofre com bombardeios, numa cidade que abriga 100 mil crianças e está sem receber ajuda humanitária há mais de um mês”.

Para Staffan de Mistura, qualquer reunião internacional que não trate a questão de Alepo será algo que “será julgado pela história”. Apesar de não se considerar um pessimista, o enviado reconhece estar preocupado com a possibilidade de ser perdida uma oportunidade de mudar a situação da cidade síria.

Segundo ele, a ofensiva em Mossul, no Iraque, não pode ser confundida com as prioridades na Síria. Para de Mistura, “se o mundo está de olho em Mossul, Alepo não pode ser esquecida”.

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Campo de Tesreen Camp, em Alepo, na Síria. Foto: Ocha/Josephine Guerrero