É preciso “construir confiança” na República Democrática do Congo
Mensagem do representante especial do secretário-geral da ONU e chefe da Missão das Nações Unidas no país, Monusco, foi dada ao Conselho de Segurança; Maman Sidikou defendeu que vizinhos, como Angola, sejam incluídos no diálogo.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O representante especial do secretário-geral da ONU na República Democrática do Congo e chefe da Missão das Nações Unidas no país, Monusco, fez uma apresentação ao Conselho de Segurança esta terça-feira.
Antes da reunião, Maman Sidikou, contou à Rádio ONU como era a situação do país que seria analisada pelo órgão.
Construir confiança
Para o representante do secretário-geral, é preciso haver “mais medidas de construção de confiança do governo”.
Maman Sidikou também destacou a libertação de prisioneiros políticos. Ele citou ainda que os direitos à manifestação e reunião pacífica estão na Constituição.
Segundo ele, “estes precisam ser assegurados”, senão não se estará no tipo de “ambiente que permitiria diálogo genuíno para ir a eleições pacíficas”.
Disputas políticas
Na entrevista, o chefe da Monusco afirmou que às vezes diz a todos os políticos no país que eles não pensam em seu povo, que está a ser morto e a sofrer há muito tempo e, segundo Sidikou, o que se ouve são somente disputas políticas.
Para o representante do secretário-geral, o Conselho de Segurança deve fazer sua parte em encorajar que outros participem do diálogo.
Maman Sidikou defendeu que a região, Angola, Uganda e todos os vizinhos também devem se juntar.
Segundo ele, tudo o que acontecer na República Democrática do Congo, um país com nove fronteiras e territórios não controlados pelo governo, terá um impacto nos outros.
Leia e Ouça:
Angola quer um membro permanente africano do Conselho de Segurança
ONU preocupada com violência que já matou mais de 50 na RD Congo