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Índice de preço dos alimentos sobe em agosto

Índice de preço dos alimentos sobe em agosto

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Avaliação é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO; Brasil é citado devido a alta no preço do açúcar; agência da ONU aumenta previsão para produção de cereais.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O Índice de Preços dos Alimentos básicos subiu em agosto, mesmo com a queda nos preços de grãos e uma melhora nas perspectivas para a produção global de cereais.

A conclusão é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

Alta

O Índice de Preços dos Alimentos da agência da ONU, divulgado nesta quinta-feira, teve uma média de 165,5 pontos em agosto, uma alta de 1,9% em relação a julho e de 7% em comparação ao ano anterior.

O Índice reverteu a queda de julho e, em agosto, subiu para o seu nível mais alto em 15 meses.

Segundo a FAO, o salto mensal foi causado principalmente pelas cotações de queijo e óleo de palma, enquanto as do trigo, milho e arroz, caíram.

Produção Mundial

O Índice avalia o preço no mercado internacional de cinco grupos de commodities agrícolas: cereais, oleaginosas, leite e derivados, carne e açúcar.

A agência da ONU aumentou consideravelmente sua previsão para a produção mundial de cereais em 2016 para 2,5 bilhões de toneladas, um aumento de 22 milhões de toneladas em comparação às projeções de julho.

Refletindo tendências e perspectivas positivas na produção de cereais, o índice de preços da FAO sobre estes alimentos caiu 3% em relação a julho, e está 7,4% abaixo do nível de agosto do ano passado.

Brasil

Já o índice de preços dos laticínios subiu 8,6 % em agosto, e o de óleos vegetais, 7,4% no mesmo período.

O indicador sobre carnes ficou em geral estável subindo 0,3% em comparação a julho, mesmo com a queda nas cotações das carnes bovinas.

Por outro lado, o índice de preços da FAO sobre o açúcar está agora em seu nível mais alto em quase seis anos. Ele subiu 2,5% em relação a julho e está cerca de 75% acima do nível do ano passado.

Segundo a agência da ONU, uma moeda mais forte no Brasil, de longe o maior produtor do mundo de cana-de-açúcar, foi responsável por muitos do ganhos, já que limitou a oferta para exportação com produtores preferindo vender para mercados locais.

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Foto: FAO/Vasily Maksimov