OMS entrega laboratório móvel para detetar febre amarela na RD Congo
OMS defende maior precisão para salvar vidas; registados mais de 5 mil casos suspeitos e 400 mortes devido à doença no país e em Angola; até 100 pacientes devem receber os seus resultados por dia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A República Democrática do Congo recebeu um laboratório móvel para reforçar o diagnóstico rápido da febre amarela.
As instalações portáteis e o equipamento foram dados pela a Organização Mundial da Saúde, OMS, com financiamento da União Europeia.
Casos e Mortes
Com o laboratório serão analisadas amostras de sangue para detetar a doença, que registou mais de 5 mil casos suspeitos e 400 mortes tanto no país como na vizinha Angola.
A OMS destaca que a precisão no diagnóstico é essencial para salvar vidas e acabar com o surto. Com resultados confiáveis podem ser tomadas decisões sobre “quase todos os aspetos de saúde, especialmente durante os surtos.”
O diagnóstico da febre amarela é considerado um desafio porque frequentemente há atrasos no processo de recolha e transporte do sangue até a análise.
Laboratórios Especializados
Num estado mais avançado, a doença é mais difícil de detetar e o processo requer análises de sangue mais sofisticadas que segundo a OMS só podem ser feitos em laboratórios especializados.
Em Angola, a agência treina técnicos do Instituto Nacional de Saúde Pública em parceria com o Instituto Pasteur e o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças, CDC. A meta é reforçar a capacidade de diagnóstico da febre amarela.
Exames de Sangue
Após a sessão os participantes poderão fazer exames de sangue mais complexos para confirmar a febre amarela.
Em território congolês, o laboratório transportado em caixas é “fácil de instalar em qualquer unidade de saúde ou edifício”. A montagem será feita na área de Kahembe, na província de Cuango, por 3 meses.
A estimativa é que entre 50 a 100 pacientes recebam os seus resultados num dia.
No dia 17 de julho, dois especialistas de laboratório do Instituto Pasteur de Paris, chegaram à República Democrática do Congo para reforçarem a capacidade técnica de resposta à epidemia.
*Apresentação: Denise Costa.