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Cidade líbia praticamente esvazida após campanha para expulsar Isil

Cidade líbia praticamente esvazida após campanha para expulsar Isil

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Áreas de acolhimento estão sem meios para apoiar necessidades dos deslocados; em comunidades anfitriãs faltam serviços de proteção, condições nos hospitais, água e saneamento; ação para derrotar movimento terrorista islamita começou há dois meses.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Mais de 75% dos habitantes da cidade líbia de Sirte foram obrigados a deixar as suas casas, dois meses após o início da campanha das autoridades para expulsar o autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.

As Nações Unidas lançaram uma atualização sobre os últimos movimentos de deslocados internos na cidade. O estudo revela que em abril e maio havia 35 mil desalojados em áreas de acolhimento, que passaram para os 90.449 atualmente registados em várias áreas do oeste.

Chegadas

Os destinos mais destacados são as cidades de Bani Walid, Tarhunah, Misrata e Al Jufrah. Em outros 15 locais da parte ocidental os números são mais baixos.

A cidade de Misrata registou recentemente 1,7 mil famílias. O comité de crise local disse tratar-se do pico de chegadas, que inclui 3 mil crianças com menos de três anos.

Proteção

As comunidades locais tentam prestar assistência ao número cada vez maior de deslocados internos.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur,  disse que somente um quarto das pessoas sente-se autossuficiente. Cerca de 41% delas não têm acesso aos serviços de proteção.

O informe aponta para o agravamento do acesso a condições de água e saneamento em locais informais de acolhimento. Vários hospitais enfrentam escassez de camas e de suprimentos médicos para ajudar ao número crescente de pacientes.

*Apresentação: Michelle Alves de Lima.

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Photo Credit
Casa destruída em Sirte. Foto: Acnur/L.Dobbs (arquivo)