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Novas tecnologias para detectar HIV em bebês pré-qualificadas pela OMS

Novas tecnologias para detectar HIV em bebês pré-qualificadas pela OMS

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Segundo a agência da ONU, testes permitirão diagnósticos mais rápidos; em 2015, dos mais de 1,2 milhão de bebês nascidos de mães vivendo com HIV em todo o mundo, pouco mais da metade teve acesso a teste para recém-nascidos.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

Duas tecnologias “inovadoras” para o diagnóstico infantil precoce do HIV foram recentemente pré-qualificadas pela Organização Mundial da Saúde, OMS.

Segundo a agência da ONU, elas vão permitir que mais bebês e crianças pequenas sejam diagnosticadas rapidamente e comecem o tratamento vital.

Rapidez

Os produtos, feitos pelas empresas Alere Technologies GmbH e Cepheid AB, podem ser usados para diagnosticar os bebês em até uma hora, em vez de enviar uma amostra a um laboratório, o que pode levar semanas ou meses para obtenção de um resultado.

Em 2015, dos mais de 1,2 milhão de bebês nascidos de mães vivendo com HIV em todo o mundo, pouco mais da metade teve acesso a um teste de diagnóstico para recém-nascidos.

Anticorpos e Tratamento

Segundo a OMS, esta é uma das razões porque apenas metade de todas as crianças que calcula-se vivem com o HIV recebem o tratamento que precisam.

A agência destacou que a melhor forma de diagnosticar o vírus entre bebês e crianças pequenas é usar testes que procurem evidências do vírus no sangue, e não aqueles que buscam anticorpos ou antígenos.

Até o momento, para isso, era preciso procedimentos longos em laboratórios especiais. De acordo com a OMS, estas novas tecnologias simplificaram estes procedimentos, permitindo que mais crianças sejam testadas com resultados mais rápidos.

Avanço

Para Mike Ward, líder da unidade de regulamentação do Departamento de Medicamentos Essenciais e Produtos de Saúde da OMS, estes testes “marcam um avanço significativo” na resposta ao HIV em crianças pequenas.

Segundo o especialista, eles são “mais simples, rápidos e plataformas automatizadas que não precisam de tanta infraestrutura como os sistemas convencionais baseados em laboratório e podem ser utilizados em um ponto de atendimento ou próximo”.

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Foto: Unaids