Ações ocorreram em 19 países com emergências, como a Síria; agência lança relatório mencionando que 25% das ações foram contra trabalhadores da área; 62% dos ataques teriam sido intencionais.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

Entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015, houve 594 ataques registrados a serviços ligados à saúde em 19 países e territórios com emergências.

As ações resultaram em 959 mortes e deixaram 1.561 feridos. Os dados estão em um novo relatório lançado pela Organização Mundial da Saúde, OMS.

Ataques Intencionais

O documento aponta que mais de metade dos ataques foi contra instalações de saúde e outros 25% foram contra trabalhadores do setor.

O relatório afirma ainda que 62% das ações foram relatadas como intencionais, focando em hospitais ou postos de saúde.

Síria

A Síria é o país com mais ataques do tipo, tendo registrado 38% no período de dois anos. Se for considerado apenas o ano de 2015, a proporção sobe para 53% entre 16 países afetados.

Gravidade

Atualmente, não há fontes públicas disponíveis com informação consolidada sobre ataques a assistência à saúde em situações de emergência.

Segundo a OMS, este relatório é uma primeira tentativa de unir e analisar os dados disponíveis de fontes abertas.

Para a agência da ONU, embora as informações não sejam abrangentes, as conclusões chamam atenção pela “gravidade e a frequência” do problema.

Perigo

Em 2015, cerca de 125 milhões de pessoas atingidas por emergências precisavam de assistência, um número sem precedentes.

A OMS ressaltou que tais ataques não apenas põem em perigo prestadores de serviços de saúde, mas também privam as pessoas de cuidados necessários com urgência no momento em que mais precisam.

O relatório destaca a necessidade de ação intensificada, de diversos setores, para garantir que a assistência à saúde seja fornecida de forma universal a todos os que precisam, sem obstáculos causados por violência ou obstrução.

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