Em Angola, perito da ONU quer perceber resposta ao fluxo de migrantes
Especialista sobre o setor quer saber mais sobre programas, políticas e leis migratórias angolanas; Acnur revela que o país tem 20 mil candidatos a asilo e 24 mil refugiados.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Um especialista das Nações Unidas chega segunda-feira a Angola para perceber como o país responde ao crescente número de migrantes.
Durante uma semana, o relator especial sobre os direitos humanos dos migrantes, François Crépeau, deve avaliar os atuais programas, políticas e leis migratórias angolanas.
Modelos
Crépeau disse que durante a última década, Angola experimentou modelos complexos de migração que são compostos por migrantes regulares e irregulares, bem como candidatos a asilo.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, mais de 20 mil pessoas pretendem ter guarida no país, que conta com cerca de 24 mil refugiados.
Centros de Detenção
Durante a deslocação estão previstos encontros com representantes do governo responsáveis pela gestão das fronteiras, sociedade civil, sindicatos, organizações internacionais e migrantes nas cidades de Luanda, Cabinda e Lunda Norte.
O especialista também deverá ter contacto com centros de detenção para produzir um relatório ao Conselho de Direitos Humanos. O documento deve ser apresentado no órgão em junho de 2017.
*Apresentação: Denise Costa.
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