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ONU receia violência política com o aproximar das eleições na RD Congo

ONU receia violência política com o aproximar das eleições na RD Congo

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Representante do secretário-geral quer mensagem forte do Conselho de Segurança em prol de um consenso entre políticos; organização disse estar disposta a apoiar revisão do registo de eleitores.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Conselho de Segurança das Nações Unidas recebeu esta quarta-feira um informe sobre a situação na República Democrática do Congo, RD Congo.

O representante especial do secretário-geral no país, Maman Sidikou, citou vários desafios enfrentados pela nação africana com a aproximação das eleições gerais previstas para o fim de 2016.

Solução

O enviado mencionou a escalada de tensões políticas no país e disse considerar necessário um diálogo entre os intervenientes para o encontro de uma solução para o impasse no processo e para evitar a propagação da tensão.

O pedido feito aos 15 Estados-membros do Conselho é para que enviem uma mensagem forte sobre a necessidade de um consenso que destaque a relação entre um processo eleitoral credível e a defesa dos direitos humanos.

Registo

Sidikou pediu igualmente que se encontrem condições claras e realistas de apoio da ONU para uma revisão do registo dos eleitores. A ideia é ajudar a melhorar a credibilidade do processo e impedir que a inscrição dos votantes seja um obstáculo para que o pleito decorra em tempo útil.

O representante alertou para um risco de violência política se essa situação não for resolvida.

Grupos Rebeldes

O enviado disse que a outra preocupação era o agravamento da situação de segurança, particularmente nas regiões de Kivu do Norte e Ituri, no leste, onde ações de grupos rebeldes levaram à fuga de milhares de civis.

O informe cita igualmente a cooperação militar entre as Nações Unidas e o governo congolês como uma oportunidade clara para aumentar de uma forma notável a pressão militar sobre os grupos armados e proteger os civis.

De acordo com Sidikou,  o número de rendições dos elementos armados subiu no ano passado e essa tendência pode continuar com o aumento das operações militares coordenadas.

*Apresentação: Denise Costa.

Photo Credit
O representante especial do secretário-geral no país, Maman Sidikou, em discurso no Conselho de Segurança. Foto: ONU/Manuel Elias