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Ban saúda suspensão das sanções econômicas ao Irã

Ban saúda suspensão das sanções econômicas ao Irã

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Secretário-geral da ONU comemora a libertação de prisioneiros americanos e iranianos; após cumprimento de acordo, chefe da Aiea deve chegar este domingo ao Irã; aparelho irá monitorar enriquecimento de urânio no país.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral das Nações Unidas divulgou um comunicado saudando a libertação de americanos que estavam detidos no Irã, incluindo o jornalista do Washington Post, Jason Rezaian.

Ban Ki-moon nota que os Estados Unidos concordaram em libertar vários iranianos. O chefe da ONU também comemorou a suspensão das sanções econômicas ao Irã, fato considerado por ele um marco.

Cooperação

Ele espera que as medidas anunciadas neste sábado ajudem a aumentar a cooperação em outras questões internacionais e regionais. Ban destaca a necessidade de todos na região utilizarem o diálogo e meios pacíficos para tornar o mundo um lugar mais seguro.

O chefe da ONU também comemorou o cumprimento da implementação do acordo nuclear firmado em julho entre o Irã e o grupo de países conhecido como E3+3 (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia).

Nova Fase

O Irã havia prometido não buscar, sob nenhuma circunstância, desenvolver ou adquirir armas nucleares. Em contrapartida, os países-membros do Conselho de Segurança mais a Alemanha garantiram que as sanções econômicas impostas ao país seriam suspensas.

A confirmação de que o Irã havia cumprido o combinado foi feita pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea. Yukiya Amano destacou que as relações entre a agência e o país “entram em uma nova fase”, num dia considerado por ele como “importante para a comunidade internacional”.

O chefe da Aiea viaja para a capital iraniana, Teerã, neste domingo, onde vai discutir com o presidente Hassan Rouhani o monitoramento das atividades nucleares do país.

A agência divulgou neste sábado os detalhes do aparelho criado para fazer o trabalho. A caixa de detecção vai medir a quantidade de urânio que o país está enriquecendo, que conforme o acordo, deve ter o limite de 3,67%

 

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No centro, chefe da Aiea, Yukiya Amano. Foto: Aiea/Dean Calma