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Dia dos Direitos Humanos promove o “mapa para acabar com as guerras”

Eleanor Roosevelt, dos Estados Unidos, segurando um pôster da Declaração dos Direitos Humanos em inglês. (novembro de 1949)
ONU
Eleanor Roosevelt, dos Estados Unidos, segurando um pôster da Declaração dos Direitos Humanos em inglês. (novembro de 1949)

Dia dos Direitos Humanos promove o “mapa para acabar com as guerras”

Direitos humanos

Mensagem do secretário-geral da ONU reforça importância da Declaração Universal que completa 75 anos; para ele, o mundo está “perdendo o rumo” e se afundando em conflitos e desigualdades; porém texto pode iluminar o caminho para valores capazes de resolver tensões e crises.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um mapa que ajuda a acabar com as guerras, a amenizar as divisões e a promover uma vida de paz e dignidade para todos. Essa é a reflexão do secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre os 75 anos da adoção do texto.

Em celebração ao Dia dos Direitos Humanos, marcado neste 10 de dezembro, o chefe das Nações Unidas alertou que o mundo está “perdendo o rumo”, pois os conflitos estão crescendo, a fome está aumentando e as desigualdades estão se agravando.

Evento em Genebra busca visão para o futuro

Ele afirmou ainda que “a crise climática é uma crise de direitos humanos que está atingindo com mais força os mais vulneráveis”.

De 11 a 12 de dezembro, chefes de Estado e de Governo, representantes da sociedade civil, defensores dos direitos humanos, líderes empresariais, esportistas, artistas e economistas se reunirão na sede da ONU em Genebra para elaborar juntos uma visão para o futuro dos direitos humanos.

O evento representa o culminar de uma campanha que durou um ano, organizada pelo Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, com o objetivo de rejuvenescer o espírito que levou à adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos por consenso na Assembleia Geral em 10 de Dezembro de 1948.

Dia dos Direitos Humanos: Mensagem do secretário-geral da ONU

Retrocessos perigosos

Dentre os retrocessos observados atualmente, Guterres destacou a propagação do autoritarismo, a diminuição do espaço cívico, o cerceamento dos meios de comunicação e a redução dos direitos reprodutivos das mulheres. 

 Ele ressaltou também que “a igualdade entre homens e mulheres continua a ser um sonho distante”.

Para o secretário-geral, hoje é mais importante do que nunca promover e respeitar todos os direitos humanos sociais, culturais, econômicos, civis e políticos que protegem a todos.

De acordo com ele, a Declaração Universal ilumina o caminho para valores e abordagens comuns que podem “ajudar a resolver tensões e a criar a segurança e a estabilidade que o nosso mundo deseja.”

Valores atemporais

O líder das Nações Unidas destacou os esforços para atualizar os acordos internacionais e para torná-los mais eficazes no Século 21, afirmando que os direitos humanos devem ter um papel único e central.

Enfatizando a importância da data, Guterres pediu que as pessoas, em todas as partes do mundo, promovam e respeitem os direitos humanos, “todos os dias, para todos, em todos os lugares”.

Ele também pediu que os Estados-membros aproveitem este 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Cúpula do Futuro, em 2024, para reforçar o seu compromisso com os valores atemporais presentes no texto.