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Guterres chocado com “interpretações erradas” sobre sua declaração no Conselho de Segurança

Secretário-geral da ONU, António Guterres, em declarações ao Conselho de Segurança na terça-feira
ONU/Manuel Elias
Secretário-geral da ONU, António Guterres, em declarações ao Conselho de Segurança na terça-feira

Guterres chocado com “interpretações erradas” sobre sua declaração no Conselho de Segurança

Paz e segurança

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou que “queixas do povo palestino não podem justificar terríveis ataques do Hamas”; ele prestou esclarecimentos nesta quarta-feira, “especialmente por respeito às vítimas e às suas famílias”.

Nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU declarou estar “chocado com as interpretações erradas” de algumas das declarações feitas por ele no Conselho de Segurança na terça-feira. 

Guterres destacou que sua fala deixava clara a condenação inequívoca dos “atos de terror horríveis e sem precedentes de 7 de outubro cometidos pelo Hamas em Israel.”

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Esclarecimento necessário

O líder da ONU ressaltou que “nada pode justificar o assassinato, o ferimento e o sequestro deliberados de civis, ou o lançamento de mísseis contra alvos civis.”

Ele também esclareceu que “as queixas do povo palestino não podem justificar os terríveis ataques do Hamas".

O chefe das Nações Unidas disse acreditar que “foi necessário esclarecer as coisas, especialmente por respeito às vítimas e às suas famílias.”

Na terça-feira, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, fez críticas a afirmação de Guterres que aponta que os atos de 7 de outubro “não aconteceram no vácuo” e não justificavam a punição coletiva dos palestinos.

Após a reunião do Conselho de Segurança sobre a crise no Oriente Médio, ele disse que a fala do secretário-geral buscava justificar os ataques, que deixaram cerca de 1,4 mil mortos, e disse que ele deveria “renunciar imediatamente ao cargo”. 

Erdam afirmou a jornalistas que vistos seriam negados aos funcionários da ONU. Uma reunião bilateral prevista entre Guterres e o ministro das Relações exteriores israelense, Eli Cohen, foi cancelado. 

Líder da ONU se diz chocado com “interpretações erradas” sobre sua declaração