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ONU condena uso da pena de morte no Kuwait e em Cingapura

Vista da entrada do Palais Wilson em Genebra, Suíça, sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos
ONU/Jean-Marc Ferré
Vista da entrada do Palais Wilson em Genebra, Suíça, sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos

ONU condena uso da pena de morte no Kuwait e em Cingapura

Legislação e prevenção de crimes

Escritório de Direitos Humanos repudia execuções e pede que ambas as nações estabeleçam moratória para interromper prática; pena capital é inconsistente com direito fundamental à vida; 170 Estados já aboliram ou aplicaram moratória de sentenças de morte.

O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas condenou as múltiplas execuções realizadas, esta semana, no Kuwait e em Cingapura.

Por meio de mensagem divulgada pelo porta-voz, Seif Magango, o órgão declarou “oposição à pena de morte em todas as circunstâncias” e pediu que ambas as nações “estabeleçam uma moratória” para interromper a prática.

Moratória

Cinco prisioneiros foram executados no Kuwait, na quinta-feira, e dois em Cingapura, nesta sexta-feira, incluindo a primeira mulher em 20 anos.

Segundo agências de notícias, ela se chamava Saridewi Djamani, tinha 45 anos e foi enforcada por ser considerada culpada de traficar 30 gramas de heroína em 2018.  

As outras execuções no Kuwait também foram por enforcamento e ocorreram dentro de uma prisão. 

Um dos sentenciados foi um homem condenado por envolvimento num ataque a bomba em uma mesquita em 2015, que matou 27 pessoas.

Em sua declaração, Magango pede que o Kuwait e Cingapura “se juntem aos mais de 170 Estados que já aboliram ou introduziram uma moratória sobre a pena de morte, seja na lei ou na prática.” 

Ele enfatiza que “a pena de morte é inconsistente com o direito fundamental à vida e o direito de estar livre de tortura e outros tratamentos desumanos e deve ser expurgada como punição de todas as legislações em todos os lugares.”